quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Afonso III de Portugal



D. Afonso III (Coimbra, 5 de Maio de 1210 – id., 16 de Fevereiro de 1279), cognominado O Bolonhês por haver sido casado com a Condessa de Bolonha, foi o quinto Rei de Portugal. Afonso III era o segundo filho do rei Afonso II e de sua mulher Urraca de Castela, e sucedeu a seu irmão Sancho II em 1248.

Como segundo filho, Afonso não era suposto herdar o trono destinado a Sancho e por isso fez a vida em França, onde casou com a herdeira Matilde de Bolonha em 1238, tornando-se assim conde de Bolonha. Todavia, em 1246, os conflitos entre Sancho II e a Igreja tornaram-se insustentáveis e o Papa Inocêncio IV ordenou a substituição do rei pelo conde de Bolonha. Afonso não ignorou a ordem papal e dirigiu-se a Portugal, onde se fez coroar rei em 1248 após o exílio e morte de Sancho II em Toledo.

Até à morte de D. Sancho e a sua consequente coroação, D. Afonso apenas usou os títulos de
Visitador, Curador e Defensor do Reino.

Para aceder ao trono, Afonso abdicou de Bolonha e divorciou-se de Matilde para casar com Beatriz de Castela. Decidido a não cometer os mesmos erros do irmão, o novo rei prestou especial atenção à classe média de mercadores e pequenos proprietários, ouvindo suas queixas. Em 1254, na cidade de Leiria convocou a primeira reunião das Cortes, a assembleia-geral do reino, com representantes de todos os espectros da sociedade. Afonso preparou legislação que restringia a possibilidade das classes altas cometerem abusos sobre a população menos favorecida e concedeu inúmeros privilégios à Igreja. Recordado como excelente administrador, Afonso III organizou a administração pública, fundou várias vilas e concedeu o privilégio de cidade através do édito de várias cartas de foral.



Com o trono seguro e a situação interna pacificada, Afonso virou a sua atenção para os propósitos da Reconquista do Sul da Península Ibérica às comunidades muçulmanas. Durante o seu reinado, Faro foi tomada com sucesso em 1249 e o Algarve incorporado no reino de Portugal.

Após esta campanha de sucesso, Afonso teve de enfrentar um conflito diplomático com Castela, que considerava que o Algarve lhe pertencia.

Seguiu-se um período de guerra entre os dois países, até que, em 1267, foi assinado um tratado em Badajoz que determina a fronteira no Guadiana desde a confluência do Caia até à foz, a fronteira luso-castelhana.




D. Afonso III
Monarca de Portugal
Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e Conde de Bolonha (1248-1259)
Pela Graça de Deus, Rei de Portugal (1259-1267)
Pela Graça de Deus, Rei de Portugal e do Algarve (1267-1279)
 Ordem: 
5.º Monarca de Portugal 
 Cognome(s): 
O Bolonhês 
 Início do Reinado: 
1248
Regente desde 24 de Julho de 1245 
 Término do Reinado: 
16 de Fevereiro de 1279 
 Aclamação: 

 Predecessor(a): 
D. Sancho II 
 Sucessor(a): 
D. Dinis 
 Pai: 
D. Afonso II 
 Mãe: 
D. Urraca de Castela 
 Data de Nascimento: 
5 de Maio de 1210 
 Local de Nascimento: 
Coimbra 
 Data de Falecimento: 
16 de fevereiro de 1279 (68 anos)
 Local de Falecimento: 
Lisboa 
 Local de Enterro: 
Mosteiro de Santa Maria, Alcobaça 
 Consorte(s): 
D. Matilde, condessa de Bolonha
D. Beatriz, Infanta de Castela 
 Príncipe Herdeiro: 
Infante D.Dinis (filho)
 Dinastia: 
Borgonha (Afonsina) 





 
Compendio da historia de Portugal
Por Joaquim Lopes Carreira de Mello
1853
Fonte: Google Livros


Reino do Algarve Ano de 1730
 

Carta corografica Algarve
publicado por João Batista da Silva Lopes em 1842

O mapa corográfico do reino do Algarve, publicado por João Batista da Silva Lopes em 1842, é um documento único, indispensável para o conhecimento do território algarvio no final do Antigo Regime.

Baseia-se no mapa do Estado-Maior, levantado na década de 1820, com numerosas adições e correcções do autor.

Representa o estado do povoamento e da rede viária herdados do tempo do apogeu pombalino. De facto, de 1780 a 1850 muito pouco se construiu no Algarve, devido às Invasões Francesas e ao estado de ruína delas resultantes, à Guerra Civil e à posterior guerrilha miguelista. Deve, no entanto, referir-se a actividade  de Francisco Gomes de Avelar, bispo do Algarve (1789-1816) na construção e reconstrução de edifícios religiosos e, sobretudo, de diversas infra-estruturas viárias e defensivas.

Constitui o primeiro mapa fidedigno do Algarve, nomeadamente na enumeração e localização de sítios, lugares e principais linhas de água. É especialmente importante pela minuciosa representação da rede viária principal, anterior às obras do Liberalismo.

Complementa a Corografia do mesmo autor (Corografia ou memória económica, estatística e topográfica do reino do Algarve), terminada em 1837 e publicada em 1841.

Fonte: Associação Campo Arqueológico de Tavira

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